segunda-feira

Babezinha (L)

Nascemos independentes da nossa vontade. Mas a vida é um encanto. E encanta- nos. Os primeiros risos, as primeiras flores, os primeiros amanheceres, os primeiros anos... as primeiras descobertas. Vamos desbravando a vida e enfrentando o desconhecido maravilhados... Então vêm os primeiros nãos... As primeiras quedas, as primeiras decepções, as primeiras lágrimas que não nos impedem, nem por isso, de ir em frente! Mas um dia o desconhecido, o inexplicável, pode tirar a nossa vontade de viver. As perdas, as grandes, aquelas sem volta que, por mais alto e forte que gritemos, fazem-se de surdas... E a vida perde o sentido... Os amanheceres e entardeceres tornam-se uma e a mesma coisa: tristes! Recusamo-nos a ver a luz do dia, o sol que brilha, a vida que palpita, os pássaros que cantam e as flores que, teimosas, continuam se abrindo em total indiferença à nossa dor. E é preciso, nesse momento onde queremos parar mas que a vida não pára... é preciso reaprender a viver. Não aceitamos nossas perdas irreparáveis e absurdas, mas precisamos aprender a viver com elas e apesar delas. E ver a vida com outros olhos. Talvez, reconhecer de vez nossa pequenez diante do desconhecido. E reviver... A pequenos passos, tímidos, lentos, tal qual criança que ainda não viu nada, mas com a sabedoria dos velhos que já sabem que a vida é um poço de mistérios. E vamos assim, não importa nossa idade, desbravando novamente a vida. Vamos sorrir novamente. Ver a luz do dia, olhar nos olhos dos que ficaram e que estiveram do nosso lado mesmo quando estivemos temporariamente cegos a tudo o mais. Ver as flores, que nunca desistiram de viver e experimentar o dia-a-dia, novos gostos dessa nova vida que se oferece a nós.Tudo pode ter um fim. Mas todo fim pode ser o início de um recomeço. E a vida continua linda... Estou sempre cá, até Deus deixar. Sofrer, é só uma vez; vencer, é para a eternidade. Os nossos momentos estão gravados no sitio mais bonito, ele sabe o que tu vales e o que significas para mim, falo-te com a voz do coração, Tânia Isabel, eu amo-te *

3 comentários:

  1. vânia,
    que poesia que lirismo mais belo!
    é um prazer estar por aqui e que vc siga em frente com belas reflexões como esta!
    meus parabéns e saudações de um amigo!
    ricardo alves

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  2. Ricardo Alves,
    Muito obrigada, um prazer é ler comentários como o seu.
    Saudações,
    Vânia Costa

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  3. Não sei se vais ler este comentário, mas mesmo assim vou deixa-lo.
    Sinceramente nao me lembro deste texto ou se alguma vez o li. Até me arrepiei e momentos e mais momentos me vieram à cabeça, nao tenho tamanho para tanta saudade. A ultima vez que nos vimos foi por poucos minutos e nao chegou para nada, morro todos os dias de saudades tuas, da tua simples gargalhada, era tão engraçada mas ao mesmo tempo verdadeira, dava tudo para passar outra vez um dia inteiro a ouvi-la. Sei de coração que todos os momentos que tivemos foram verdadeiros e foram dos mais felizes da minha vida, digo isso com todas as certezas. Foste e és uma amiga sem igual, tu fizeste-me feliz quando mais ninguém o fez.
    Volta para mim, vamos voltar a criar rotinas nem que seja de duas em duas semanas. Vamos voltar a tudo o que tinhamos.
    Babe, eu amo-te e amo-te de verdade. Foste a melhor amiga de todos os tempos, aquela que eu gostava de ter encontrado logo na minha infância.
    Saudades, saudades de tudo <3

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